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Quando falamos que Lean não é um conjunto de ferramentas e sim, uma filosofia de gestão e de vida, é porque acreditamos que Lean é bom para a vida das pessoas e, num ano tão intenso como 2020, em que vivemos a pandemia de COVID-19, precisamos ter um olhar com o coração para todos aqueles que estão conosco.

Pontos e contrapontos

A vida é cheia de pontos e contrapontos e isso a torna rica.

Esse momento de pandemia nos coloca para pensarmos sobre nossos vários papéis na sociedade. Nosso papel na família, entre amigos, na profissão e no trabalho, na simples convivência social. Esses papéis parecem estar mais definidos e intensos.

O atual momento nos une em um fator comum – todos vivemos um momento histórico para a humanidade e a realidade nos impôs a contradição de conviver com proximidade ou afastamento quase absoluto das pessoas.

Estamos num processo histórico de mutação e desenvolvimento de novos modelos para a convivência entre as pessoas.

Tecnologia: facilitador para o convívio entre as pessoas

A tecnologia tem se mostrado como um facilitador e um mecanismo de aproximação entre as pessoas, mas ela não encerra nossa necessidade.

Então, o que parece estar em evidência é a necessidade das pessoas estarem próximas (mesmo que virtualmente) e pertencentes a um grupo.

Uso de lives, aplicativos de reuniões, desenvolvimento de redes de ajuda e apoio, reconhecimento do valor de pessoas e processos, muitas vezes negligenciados, como o próprio setor da saúde e no centro de tudo isso – AS PESSOAS IMPORTANTES DE NOSSAS VIDAS.

Isso muda todo o conjunto do que temos vivido. Não seremos como antes. Podemos escolher entre sermos melhores ou não enquanto seres humanos. Mas o que é melhor ou pior? Cabe a cada um parar para pensar.

Terra: um planeta vivo

Temos que considerar que o tempo histórico é diferente do tempo humano, que o planeta é vivo e sofre transformações por si mesmo.

É visível nossa influência e interferência na vida e na harmonia do planeta. Somos seres dotados de inteligência, raciocínio, sentimentos, desejos. Todos os nossos dons poderiam ser utilizados para o bem comum. Mas não é exatamente assim que funcionamos. Temos muito a mudar e a melhorar.

As políticas públicas no Brasil e no mundo refletem hoje lutas passadas, em que visões mais amplas e abrangentes foram conquistadas ou não, em sua maioria com guerras e mortes.

Um ser invisível que aproxima os diferentes

Agora nos defrontamos com uma guerra com um inimigo comum e invisível, que nos aproxima com os nossos diferentes.

Ainda, como sociedade, somos reflexos de nós mesmos. Nada tem sido unânime e o livre arbítrio nos coloca em contradição e convivência com o nosso contrário. Somos diferentes, porém tão iguais.

Um vírus conseguiu unir e colocar o planeta todo (com raríssimas exceções) em luta por um bem comum: desenvolver testes de detecção do vírus, tratamentos eficazes, ações coletivas de isolamento social, ajuda mútua.

O SARS-Cov2 fez a façanha de inverter uma ordem mundial, em que não há diferença entre os povos. Somos todos um só. Não é possível negarmos a ciência, as evidências, a vida, a morte. Temos que trabalhar juntos e em prol de todos. Não há “eu”. Há “nós”.

O vírus circula pelo mundo e tem sido nosso carrasco, mas também nosso professor. Se faz necessário mudarmos nossos olhares para ultrapassarmos esse momento e sermos melhores seres humanos.

Não há receita de bolo.

Tocar corações e mentes

Temos que tocar as mentes e os corações das pessoas para que as tomadas de decisões políticas, sejam em prol das pessoas, do planeta, da vida, de amor ao outro.

Sairemos fortalecidos e melhores? Essa é a proposta: vibrar nessa sintonia, acreditar nessa energia, pensar com livre arbítrio, fazer escolhas.

Quais serão essas escolhas?

Dependerá de nos reconstruirmos e nos repensarmos enquanto seres pertencentes a esse planeta e que somos seres globais. Sendo globais, não haverá espaço para tangenciarmos ou ignorarmos que os limites territoriais, econômicos, políticos também deverão ser globais, mas com a visão para o bem de todos e não para alguns.

Isso será mágico? Não. Não será. Exigirá trabalho, empenho, construção, evolução e algumas vezes haverá retrocesso. Novamente, o tempo histórico não é o tempo humano. Pode ser que nem estejamos aqui para partilharmos o mundo diferente que irá se criar.

Precisamos inverter nosso propósito enquanto raça humana. Nosso “antes” será lembrado, mas não mais desejado. Teremos que construir nosso “depois”. Novos hábitos, novas relações políticas, novas expressões artísticas, novas relações familiares e de amizade. Novo, por si só, não significa melhor. Exigirá muito de todos nós.

Vamos juntos

Então, o convite é para seguirmos juntos. Superarmos as dificuldades e as encararmos como oportunidades de vida. E assim, com calma, dia a dia, respirar, vibrar, meditar, orar, definir o uso do tempo e do espaço, para cuidar de mim e do outro, de quem amo e da comunidade a qual nos propusemos a servir como cidadãos (profissionais da saúde).

O Cuidado ao Outro

O cuidado ao outro precisa ser feito a cada dia que passa ainda melhor. Como faremos isso de forma ainda melhor?

Como cidadãos em geral – 1º vamos respeitar os limites dados pelas autoridades sanitárias; 2º vamos respeitar as medidas coletivas; 3º vamos valorizar a ciência; 4º vamos cuidar de nós e de quem nos ama.

Órgãos governamentais e políticos – 1º valorizem os profissionais de saúde de forma concreta: tomem ações baseadas em evidências científicas; 2º não politizem a pandemia; 3º criem esforços mundiais para garantir a fabricação de EPI´s, equipamentos e infraestrutura para todos e em todo o mundo (não há um país melhor que o outro); 4º reconheçam financeiramente o trabalho dos profissionais de saúde; 5º melhorem a capacidade instalada das unidades de saúde; 6º usem o momento para criar novas cadeias de produção, tornando-as mais sustentáveis, duradouras, inclusivas.

O momento exige uma fraternidade genuína. Somos capazes disso. Então, vamos juntos. Pensemos como “NÓS” podemos superar e vencer mais esse desafio imposto pelo fato de estarmos vivos nessa nossa casa chamada TERRA.

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